Há algum tempo que não fazia aqui uma entrada pessoal, muito menos dedicada ao que tenho lido. Talvez as pessoas gostassem de ver um pouco mais de mim, mas prefiro manter-me fiel ao que sou, considerando-me naturalmente reservado.
Ainda assim, como falar de livros é sempre bom, apresento aqueles que nos últimos tempos escolhi para me acompanharem. Andaram pelo sofá, pela varanda, muitas vezes dentro da minha pasta, por comboios, aviões e até pela minha cama. Curiosamente, nenhum passou pela praia, à qual não vou há três anos. Desde a altura em que as pessoas começaram a conhecer-me, que a minha vida se tem transformado muito. Talvez a mudança maior tenha ocorrido há um ano, apesar de na altura eu ter feito e continuar a fazer um esforço grande para que não se reflita em mais nada, além do impacto pessoal que tem tido.
Por isso, mas também porque o envelhecimento do meu corpo me tem dado novas realidades com as quais lidar, não consigo ler tanto quanto gostaria. A pilha de livros por ler é grande, tendo de lutar para não me deixar levar pela gula, quando na realidade sei bem aquilo que não terei tempo para fazer. Ainda assim, aqui ficam os eleitos.
- A Origem, Dan Brown, Bertrand Editora.
- A Menina Silenciosa, Hjorth e Rosenfeldt.
- O Desaparecimento de Stephanie Meyer, Joel Dicker, Alfaguara.
- A Viúva Negra, Daniel Silva, Harper Collins.
- A Carreira do Mal, Roberth Galbraith, Editorial Presença.
- Conclave, Robert Harris, Editorial Presença.
- Limões na Madrugadaı, Carla M. Soares, Cultura Editora.
- Novos Talentos Fnac Escrita 2018, vários autores, Fnac.
Não falarei sobre todos eles, pois isso tornaria esta entrada demasiado longa. Pelo contrário, escolho apenas o meu preferido — O Conclave, de Robert Harris. De todos, é provavelmente um dos que quando foi publicado em Portugal menos atenção captou, o que não impede que seja um excelente livro. Não se trata sequer de um thriller religioso convencional. Falta-lhe o ritmo avassalador característico do género e uma ou outra conspiração (desculpem, não resisti). Essencialmente, narra a história dos dias durante os quais decorre a eleição do novo Papa. Para alguém como eu, que há pouco tempo estive em Roma, recordar a Capela Sistina é sempre uma experiência agradável, para além de Robert Harris ter feito um excelente trabalho. Consegue entreter sem cair nos lugares-comuns do género. A intriga chega a ser fascinante, além de rica.
Para fechar, apresento-vos a minha nova leitura. Ainda não avancei muito, mas, para já, está a tornar-se num grande candidato ao livro preferido da próxima entrada que venha a escrever dedicada a este tema.
Deixa-me Mentir, Clare Mackintosh, Cultura Editora.
Termino com duas coisas. A primeira é a lista de algumas séries de televisão, que, tal como estes livros, me empolgaram.
- Thirteen Reasons Why, Netflix.
- The Haunting of House Hill, Netflix.
- Big Little Lies, HBO.
- The Night Off, HBO.
- Tell me a Story, HBO.
A segunda é que nos próximos dois meses não antevejo uma nova entrada aqui. Portanto, espero que nos possamos rever em outubro. Até lá.
Nuno.
2 Comments
Helena Frontini
Boas leituras e boas férias, se for o caso.
Nuno Nepomuceno
Muito obrigado, Helena.
É mais tempo de trabalho, do que de outra coisa, mas sempre vai dando para ler qualquer coisa.
Beijinhos.