Três perguntas a Nuno Nepomuceno sobre a reedição de A Espia do Oriente.
Um artigo na revista Novos Livros.
Este livro (A Espia do Oriente) foi o seu segundo romance: passados já alguns anos, como olha para ele agora no contexto da sua obra?
A Espia do Oriente é um dos meus livros preferidos. Talvez pelo tema, ou devido ao momento da minha carreira durante o qual foi publicado, sinto que não foi devidamente apreciado pelo público. Todavia, vejo-o como um marco importante, uma vez que foi com ele que comecei a evoluir como escritor e a apresentar uma narrativa mais psicológica, com menos ação. Esta nova edição de colecionador, que agora chegou às livrarias, foi uma oportunidade de contar a mesma história, mas com uma nova voz, resultante do meu amadurecimento como autor.
Qual a ideia que esteve na origem da trilogia (Freelancer) da qual este romance é, digamos, o segundo passo?
A ideia original foi escrever uma história sobre um homem com uma vida dupla, mas que simultaneamente se debatesse com problemas pessoais, tanto de índole amorosa, como familiar, e com isso fazer uma fusão de elementos, sem esquecer uma componente forte de espionagem. Continuam a existir poucos livros deste género literário, apesar de os leitores parecerem gostar de o ler.
Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
Continuo a trabalhar na reedição de A Hora Solene, o terceiro livro da trilogia Freelancer, que espero terminar até ao fim do ano. As novas edições de colecionador têm sido completamente reescritas, incluindo novos capítulos e algumas alterações na estrutura narrativa, o que ocupa quase tanto tempo como a redação de um original.
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