Já não me recordo com exatidão, mas talvez tenha acontecido mais ou menos por volta da mesma hora à qual escrevo esta entrada, pelas dezanove horas da tarde. O meu primeiro livro, O Espião Português, foi lançado a 15 de novembro de 2012 na livraria Book.it de Campo de Ourique, o que faz com que hoje esteja a celebrar 10 anos de carreira.
Este foi também o dia em que O Espião Português foi anunciado como o vencedor da 1ª edição do concurso literário Book.it, uma iniciativa que envolveu também a revista Lux Woman e o grupo LeYa, por intermédio de uma das suas chancelas, as edições ASA. Atualmente, a Book.it é conhecida como a rede Note!.
Não farei deste texto um balanço saudosista do que tem sido a minha «carreira» literária. Muito aconteceu e se alterou, mas a maior mudança talvez tenha ocorrido em mim. Recordo-me de ouvir uma conversa paralela de bastidores em que duas pessoas se referiram a mim como «verde», na minha presença, como os adultos falam sobre as crianças, achando que não percebem. Como sempre, fiz-me de parvo. É uma técnica muito útil, que com o passar do tempo tenho aprendido a utilizar melhor, porque muitas vezes o mais sensato é deixar que as nossas ações — o evoluir do tempo, precisamente — seja o que realmente nos venha a caracterizar, e não o que os outros dizem, acham, pensam, consideram, julgam, ou inventam. Talvez no fim alguém chegue à conclusão de que não sou assim tão parvo.
Independentemente disso e todos os problemas pelos quais passei nos últimos 10 anos, sinto-me orgulhoso do meu percurso, do que alcancei, seja isso muito, pouco, nada, ou uma mera pretensão. Há críticas e opiniões, algo que sempre respeitarei. Mas o que dói mais são os ataques pessoais de pessoas que se escondem atrás dos perfis falsos que criam nas redes sociais e que não têm a honestidade de se mostrarem como são. Sou incapaz de fazer o mesmo, seja a quem for, por maior que seja a animosidade que sinta. Recuso-me a ser essa pessoa. Ódio é uma palavra que não me define.
Venham mais dez anos. Estarei cá para os enfrentar a todos.
A todos, mesmo.
No dia do lançamento de O Espião Português, na livraria Book.it de Campo de Ourique, com, da esquerda para a direita, a Dr.ª Rosário, representante do grupo SONAE, Carmen Serrano, editora nas edições ASA, e o escritor Domingos Amaral, que fez a apresentação.
As minhas primeiras fotografias de autor, em 2012.
A primeira capa de O Espião Português.
Edições ASA/ Book.it, 2012.
4 Comentários
Parabéns Nuno , que seria de nós sem ti e os teus livros?
A evolução de uma carreira certinha e com muita dedicação fez de ti um dos melhores autores de thriller’s portugueses (senão o melhor).
Sou viciada nos teus livros, vibro com cada nova edição, aguardo anciosa cada lançamento e fiquei extasiada com o último livro do professor Catalão! Só alguém com uma cabeça muito boa e um sentido de lógica muito apurado consegue dar um desfecho a cada uma das personagens de uma série de 6 livros, fabuloso! Mais uma vez , parabéns e escreve por favor muitos mais livros para nós. Beijinho , Paula Reis , da Malveira para o Algarve
Olá, Paula.
Muito obrigado pelas suas palavras. Tem sido uma honra tê-la como leitora.
Vemo-nos brevemente. 😉
Beijinhos,
Nuno.
Era tão novinho.
Recordo-me quando li pela primeira vez este seu livro e no final ter tido a curiosidade de ir confirmar se o autor era mesmo Português ?. Depois disso já o reli e voltei a reler
Muito sucesso, hoje e sempre é o que lhe desejo
Olá, Maria.
Muito obrigado. É adorável reencontrar os primeiros leitores.
Beijinhos grandes.
Nuno.
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